Análise ao grau de Privacidade Praticado no Facebook


Com o intuito de perceber qual é o grau de privacidade praticado pelos Portugueses utilizadores do Facebook™, o Vigilis fez um pequeno estudo que analisou um conjunto de perfis de Facebook de forma a quantificar e identificar o tipo de informação revelada pelos Portugueses no Facebook.
Foram recolhidos os seguintes tipos de informação (keywords do Facebook):

Só por si este tipo de exposição de informação não é de todo uma vulnerabilidade, ou pelo menos não representa uma risco directo. Contudo, a mesma poderá ser utilizada para sustentar, catalisar ou focalizar variadíssimos vectores de ataque.
Começando naturalmente pela vertente da Engenharia Social , que poderá surgir na forma dos mais diversos scams (SPAM, Instante Messaging, redes sociais,...) destinados por exemplo a disseminar malware, ou outros vectores, puramente técnicos podem ser igualmente sustentados pela informação em causa. Vejamos por exemplo o estudo que Ron Bowes fez para o apoiar no desenvolvimento de uma das ferramentas englobadas no Nmap. Ron recolheu cerca de 100 milhões de perfis de facebook de forma a perceber quais eram os os nomes próprios e apelidos mais utilizados. Desta forma poderia focar a ferramenta de brute force que estava a desenvolver.
Extrapolando este exemplo para um hipotético caso real, poderíamos facilmente imaginar um atacante a criar uma lista de usernames , através de umas pesquisas em redes sociais, para efectuar um ataque a uma determinada organização. É de conhecimento geral que em muitos casos é fácil estabelecer uma ligação entre o individuo e a sua entidade patronal.

Obviamente que o conceito de privacidade, infelizmente ou felizmente, é definido por um contexto sócio-cultural. O que garante à partida que inúmeros utilizadores do Facebook argumentaram que a informação divulgada abertamente não é tido por eles como algo verdadeiramente privado. Mas a verdadeira questão prende-se com o facto de saber se essa tomada de posição é realmente consciente e verdadeiramente informada. Nomeadamente no que toca aos reais riscos e facilidade de execução dos ataques em causa.

Dado isto, o objectivo primordial deste pequeno estudo é convidar os Portugueses a reflectir sobre a seguinte pergunta:

Eu realmente sei o que significa revelar abertamente informação sobre mim?







Grupos de informação mais detectados (cardinalidade)

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Dez características mais detectadas (percentagens)

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Dez características mais detectadas (cardinalidade)

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Dez características mais detectadas, com interesse organizacional (cardinalidade)

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