Análise ao grau de Privacidade Praticado no Facebook
Com o intuito de perceber qual é o grau de privacidade praticado
pelos Portugueses utilizadores do Facebook™, o Vigilis fez um
pequeno estudo que analisou um conjunto de perfis de Facebook de
forma a quantificar e identificar o tipo de informação revelada
pelos Portugueses no Facebook.
Foram recolhidos os seguintes tipos de informação (keywords
do Facebook):
- Informação base: Sex, Birthday, Interested In, Looking For, Political Views, Religion, Bio, Favorite Quotations, From, Born on, Studied, Lives in, Knows, Speaks, Married, Current City.
- Relações Pessoais: Relationship Status, Anniversary, Family, In a Relationship with.
- Relações Laborais: Employers, College, High School, University, Employer.
- Interesses Culturais: Intereses, Activities, Interests, Music, Books, Movies, Television, Other.
- Filosofia e Religião: Religious Views, Political Views, Favorite Quotes, People Who Inspire.
- Contactos: Website, Facebook, Emails,IM Screen Names, Mobile Phone, Other Phone, Address, Town, Zip, Neighborhood, Website.
Só por si este tipo de exposição de informação não é de todo
uma vulnerabilidade, ou pelo menos não representa uma risco directo.
Contudo, a mesma poderá ser utilizada para sustentar, catalisar ou
focalizar variadíssimos vectores de ataque.
Começando naturalmente pela vertente da Engenharia Social , que poderá
surgir na forma dos mais diversos scams (SPAM,
Instante Messaging, redes sociais,...) destinados por exemplo
a disseminar malware, ou outros vectores, puramente técnicos
podem ser igualmente sustentados pela informação em causa. Vejamos
por exemplo o estudo que Ron Bowes fez
para o apoiar no desenvolvimento de uma das ferramentas englobadas no
Nmap. Ron recolheu cerca de 100
milhões de perfis de facebook de forma a perceber quais eram os
os nomes próprios e apelidos mais utilizados. Desta forma
poderia focar a ferramenta de brute force que estava
a desenvolver.
Extrapolando este exemplo para um hipotético caso real, poderíamos
facilmente imaginar um atacante a criar uma lista de usernames
, através de umas pesquisas em redes sociais, para efectuar um ataque
a uma determinada organização. É de conhecimento geral que em muitos
casos é fácil estabelecer uma ligação entre o individuo e a sua
entidade patronal.
Obviamente que o conceito de privacidade, infelizmente ou felizmente, é definido por um contexto sócio-cultural. O que garante à partida que inúmeros utilizadores do Facebook argumentaram que a informação divulgada abertamente não é tido por eles como algo verdadeiramente privado. Mas a verdadeira questão prende-se com o facto de saber se essa tomada de posição é realmente consciente e verdadeiramente informada. Nomeadamente no que toca aos reais riscos e facilidade de execução dos ataques em causa.
Dado isto, o objectivo primordial deste pequeno estudo é convidar os Portugueses a reflectir sobre a seguinte pergunta:
Eu realmente sei o que significa revelar abertamente informação sobre mim?
- Perfis de Facebook Analisados: 78 320
- Nomes próprios pesquisados: 764 (lista de nomes próprios aceites pelo Estado Português)
- Características dos Perfis estudas: 47
Grupos de informação mais detectados (cardinalidade)
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Dez características mais detectadas (percentagens)
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Dez características mais detectadas (cardinalidade)
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